segunda-feira, 3 de outubro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 196

Já conheci muitas coisas. Umas boas, outras ruins. E nessa dança dos dias, fujo de muitos temporais que desabaram sobre mim... Já conheci muitas paixões. Umas eram amores, outras desamores. E num silêncio agonizante relembro de todos eles... Já conheci muitos carnavais. Uns eram de alegria, outros de tristeza. É fácil confundir, depende apenas de nosso desvario... Já conheci muitos dias. Uns belos, outros feios. Mas tive que viver e morrer em todos eles...


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Acabo sendo veloz, mesmo se em câmera lenta. Não me importa mais, ter algum espaço ou não. Imagino e eu estou lá. Não existem terras que não caibam em meu peito, festas que meu coração não faça, amores que não estão em minha alma. Eu sou o silêncio que grita, quebro a barreira do som. O impossível vem me ver sempre que pode...


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Desconheço-me

Às vezes sim, outras também

Como num deserto

Cheio de multidões...

Todos tem sede!...

O mundo é feito de sal,

Não tenhamos dúvida

Sobre tal enigma...


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Trago em mim toda esperança

(Não de dias mortos, já passaram)

Guardo no peito milhares de imagens

(Algumas boas, outras nem tanto)

Faço de cada instante uma nova festa

(Não é necessário nenhum motivo)

Eu sou apenas aquele velho menino

Que caminha em ruas que não existem mais...


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Quero rir sem motivo algum,

Tirar o chapéu para quem passa,

Mesmo não estando de chapéu...

Quero fazer insustentáveis rimas,

Mesmo quando me faltam poemas...

Na verdade, carnavais nunca morrem...

Xô, carpideiras! Podem ir embora...

A morte não precisa de tanta tristeza,

Peguem suas moedas, vão pra casa...

Quando houver algum motivo de choro,

Tenho aqui o número do seu telefone...


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Mesmo quando não - sim

Sonhos são teimosos e insistentes

Passam com o som alto ligado

Em frente ao meu portão

Não se importam se eu choro

Ou se acabei de cochilar

Querem mais nuvens para passear

E algum sorriso esquecido no bolso


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Todas as impossibilidades são vagas

Nossa tristeza um dia acaba

Os ecos se perdem nas alturas

E mesmo quando os cultivamos

Os espinham param de doer

Não são frases bonitas que servem

É o tempo que apesar de nos bater

Acaba nos acalentando também...


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