Meia hora de gás
Meia hora de nexo
Meia hora e jamais
O alcoólatra cambaleia buscando mais bebida
O miserável espreita querendo mais comida
O idiota aceita o que lhe traz essa vida
O cego desce a ladeira como se fosse subida
Meia hora de cor
Meia hora de paz
Meia hora de amor
Meia hora e jamais
O assassino procura quem vai agora matar
O ladrão se desespera não tendo quem roubar
O golpista se entristece sem golpe pra dar
A ponte caiu e não dá mais pra voltar
Meia hora e trapaça
Meia hora e capaz
Meia hora e pirraça
Meia hora e jamais
(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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