sábado, 1 de outubro de 2022

Meia Hora


Meia hora de sexo

Meia hora de gás

Meia hora de nexo

Meia hora e jamais


O alcoólatra cambaleia buscando mais bebida

O miserável espreita querendo mais comida

O idiota aceita o que lhe traz essa vida

O cego desce a ladeira como se fosse subida


Meia hora de cor

Meia hora de paz

Meia hora de amor

Meia hora e jamais


O assassino procura quem vai agora matar

O ladrão se desespera não tendo quem roubar

O golpista se entristece sem golpe pra dar

A ponte caiu e não dá mais pra atravessar


Meia hora e trapaça

Meia hora e capaz

Meia hora e pirraça

Meia hora e jamais


(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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Poesia Gráfica LXXXVI

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