Guerra de guerra
O cidadão bate de cara na parede
Total desespero
Acabou de cair nossa pobre rede
Caímos na água
Mas estamos agora cheios de sede
Guerra de guerra
A menina quase bonita roda bolsinha
As ruas tumultuadas
O cego agradece cada uma moedinha
Os prédios caindo
A culpa alheia cada sendo a minha
Guerra de guerra
Os pregadores avisam do fim do mundo
Lá vem a tempestade
Os botões serão apertados num segundo
Vamos dar um mergulho
No poço mais escuro e mais profundo
Guerra de guerra
Os loucos engolem pedaços de esperanças
Realidade maldita
Nossos assassinos apenas meras crianças
Morremos à prestação
E as nossas verdades são inúteis danças
Guerra de guerra
Agora um veneno é que corre na veia
Só temos isso pra hoje
Há muitos Judas sentados na santa ceia
Decifremos tantos códigos
Em indecifráveis códigos feitos na areia
Guerra de guerra...
(Extraído do livro "Palavras Modernas" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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