segunda-feira, 17 de outubro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 201

Eu estou num labirinto

Sem Creta,

Apenas meus sonhos me confundem,

Se fundem,

Entre a dor e que não há,

Será?


Eu estou num cadafalso

Tão falso,

Ilusões me perseguem,

Conseguem,

Que eu chore até cansar,

Será?...


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A mania de ter manias

vindas de não sei onde

Algumas antigas

Outras quase novidades

Algumas tiques?

Não sou famoso para tanto

Só tenho

Mania de ter manias...


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Todo poema é grande

enorme

independente do que é ou do que diz

Toda palavra é significante

decisiva

mesmo que não haja contexto algum

Toda letra é decisiva

marcante

ainda que seu som seja mudo

Todo poeta é pequeno

formiguinha

andando pelas folhas da poesia...


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Ele não pede, fica com aquela cara de bobo sem pedir, mas pedindo. Os minutos passam, ora ligeiros, ora lentos, na fumaça de vários cigarros que explodem sua fumaça pelo ar. Seu rosto é um enigma, daqueles que já vêm com alguma receita na embalagem. Se assim não fosse, impossíveis seriam por toda a eternidade dos tempos. Um riso sai de repente, sem motivo algum, outros o seguem, mais ilógicos ainda. O que farei? Não sem, sinto em mim o mesmo medo de quem vai apertar o botão e lançar a bomba...


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Acabou de sair o café. Os pequenos sons saem da cafeteira automática. Alguns sons místicos até. E o seu cheiro? Ah, o seu cheiro... É o responsável por várias epopeias, centenas, milhares, milhões delas. O café? Grande viajante da história, consolo de vários poetas. Cafeteira ou varinha de condão?


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Tantos vidros quebrados. Alguns barulhentos, outros mudos. Alguns assustados, outro surdos. Muitos saem dançando, outros quedam paralisados. Os poetas enlouquecem de tantas inspirações. Muitos carnavais e fantasias diversas. As músicas acabam escapando da poeira. As cores são salvadoras, pois não. Hoje os lobos não uivaram para a lua, nem bois berraram para o sol. Tantos vidros quebrados...


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Ria sem motivos até não poder mais. Olhava nuvens de todas as matizes com desmedida felicidade. Anotava águas de pequenas poças de chuva. Sentia cheiros de calmas praças. Narrava divinos eventos de meninos jogando. Tinha a tranquilidade de manhãs com mais um sonho. O burburinho de entradas e saídas nas escolas. Os primeiros amores? Anotava-os todos sem falhar em algum sequer. Paixões quase esquecidas. Escrevia receitas de inocência com variadas ternuras. Ria sem motivos até não poder mais...


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