Feito de metal...
Qual é o mal?
Não choro,
Não imploro,
Não preciso de nada,
A minha dor é descartada...
É adorável,
Sempre descartável...
Feita de eletrônica...
O que é crônica?
A fome que mata,
A luta primata,
Não preciso de nada,
A minha vida é controlada...
É abominável,
Sempre controlável...
Feita de papel...
Onde está meu céu?
Está no banco,
Vamos no tranco,
Não preciso de nada,
A apatia é adorada...
É inevitável,
Sempre adorável...
Feito de ilusão...
De sim ou não?
Nada se leva,
Somente treva,
Não preciso de nada,
A alegria é dispensada...
É deplorável,
Tudo é vulnerável...
(Extraído do livro "Novidade dos Metais" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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