Dá um choro tremendo,
O meu peito fica assim tal aberto,
Eu não estava nem querendo,
Enxergar tanta coisa de perto...
Minhas rimas? Pobre delas...
Teria que ficar mais esperto...
Há duas cores nesta aquarela,
Parece que tou no deserto...
Dá uma tremedeira tanta,
Parece uma febre maleita,
Só não mais me espanta,
Quem é morto se deita...
Minhas tralhas? Joguei fora...
Muito peso é só bobagem...
Nunca se sabe a hora
Que começa a viagem...
Dá tipo assim uma aflição,
Estou me enchendo de vazio,
Não há trem na estação
E nem mais peixe no Rio...
Meus sinais? Eu escondi...
Nem eu mesmo queria ver...
Eu carrego desde que nasci,
Mais uma forma de sofrer...
Dá assim uma premonição,
O vento mal se assim chegar,
Haverá outra nova estação
Que para longe o levará...
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