domingo, 9 de outubro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 198

Desconheço se desconheço

Margaridas e manacás

Foram embora do jardim,

Tudo tem seu preço,

Tanto o bom quanto o ruim,

Eu ando de cabeça baixa

Procurando enigmas

Que acabo não achando...


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Foi um vento rápido, 

Mais do que rápido,

Desse que maltrata as flores

E leva folhas para longe...

Foi um amor passageiro,

Desses que adoçam.

Deixando um amargo

Na minha boca...


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Nada mais, nada menos,

Que o sol anunciando a si mesmo

Em letras garrafais

Na calma do próprio tempo...

Preparemos a morte 

Do dia que acaba de nascer...

Os versos de hoje não são

Os versos de ontem

E não serão os de amanhã...

Toda beleza tem um quê

De pura aflição presente...

Andemos como quem vai

Em direção ao abismo

Mas que possui ainda asas...


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Esperemos

A esperança ainda vai chegar,

Nós queremos

Ainda ter voz para cantar,

Nos esquecemos

Com se faz para chorar,

A alegria é o prato do dia,

Mesmo com tanta chuva...


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Sozinho dentro de mim

o peito é uma grande sala vazia

Não existem móveis

não existe sujeira alguma

as paredes estão nuas...

Preso em mim mesmo

a porta está aberta

Mas não quero sair

lá fora está mais frio

e há bem mais perigos...


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Esqueça de algumas tristezas,

Outras guarde com carinho...

Como pássaros que queríamos

Que estivessem em nossas mãos

E voaram para bem longe,

Céus existem muitos por aí...

Como velhas palavras

Carregadas de muito carinho

Ditas por quem amamos

Mas um dia foram embora...

Esqueça de algumas tristezas,

Outras guarde com carinho...


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Vivo sob as sombras

E todas elas me falam,

Sobre amores perdidos,

Sobre maldades feitas,

Sobre choros engolidos,

Sobre enigmas indecifrados,

Sobre mentiras maquiadas,

Sobre desamores apáticos, 

Sobre tudo e sobre nada também...

Mesmo que elas em si

Perigosas sejam,

Meu medo teve medo

E foi embora procurar

Outras paragens...


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