Desconheço se desconheço
Margaridas e manacás
Foram embora do jardim,
Tudo tem seu preço,
Tanto o bom quanto o ruim,
Eu ando de cabeça baixa
Procurando enigmas
Que acabo não achando...
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Foi um vento rápido,
Mais do que rápido,
Desse que maltrata as flores
E leva folhas para longe...
Foi um amor passageiro,
Desses que adoçam.
Deixando um amargo
Na minha boca...
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Nada mais, nada menos,
Que o sol anunciando a si mesmo
Em letras garrafais
Na calma do próprio tempo...
Preparemos a morte
Do dia que acaba de nascer...
Os versos de hoje não são
Os versos de ontem
E não serão os de amanhã...
Toda beleza tem um quê
De pura aflição presente...
Andemos como quem vai
Em direção ao abismo
Mas que possui ainda asas...
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Esperemos
A esperança ainda vai chegar,
Nós queremos
Ainda ter voz para cantar,
Nos esquecemos
Com se faz para chorar,
A alegria é o prato do dia,
Mesmo com tanta chuva...
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Sozinho dentro de mim
o peito é uma grande sala vazia
Não existem móveis
não existe sujeira alguma
as paredes estão nuas...
Preso em mim mesmo
a porta está aberta
Mas não quero sair
lá fora está mais frio
e há bem mais perigos...
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Esqueça de algumas tristezas,
Outras guarde com carinho...
Como pássaros que queríamos
Que estivessem em nossas mãos
E voaram para bem longe,
Céus existem muitos por aí...
Como velhas palavras
Carregadas de muito carinho
Ditas por quem amamos
Mas um dia foram embora...
Esqueça de algumas tristezas,
Outras guarde com carinho...
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Vivo sob as sombras
E todas elas me falam,
Sobre amores perdidos,
Sobre maldades feitas,
Sobre choros engolidos,
Sobre enigmas indecifrados,
Sobre mentiras maquiadas,
Sobre desamores apáticos,
Sobre tudo e sobre nada também...
Mesmo que elas em si
Perigosas sejam,
Meu medo teve medo
E foi embora procurar
Outras paragens...
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