A química às vezes funciona ao contrário. É extraordinário. E seu resultado dá certo. É o instante. Que segue adiante. Quando muito. Deixa um buraco aberto. É o beijo de quem é estranho. É o afago que cai no chão e apanho. E assanho. Sem tamanho. É a pele. É o que impele. Depois que gozou. Acabou. Mas deixa sem querer um caminho. É a rosa com espinho. É estar tudo junto. E depois do assunto. Estar sozinho. Mas ficou. Mais ficou. Um carinho. E ela não conhece recipiente. Serve gente. É o que precisa. Nem avisa. Tire logo. Essa camisa. Fica tudo numa boa. É pessoa. Lance iguais. Eu quero mais. Entrementes. Quero lances diferentes. São maiores. São melhores. Corpo e mente. A química não deixa pistas. Pobres alquimistas. Não é pedra filosofal. Só é pedra. E não há mal. É a velha revista guardada. Escondida. Pode ser malfalada. Mas é vida. Mas é sempre encantada. E multiplicada. Quanto mais. Dividida. Cínica. Cara-de-pau. Não faz mal. E em rimas eu me espanto. Com seu canto. Tudo mais. Tanto faz. Tentem explicar. Mas não dá. É a hora dos lobos. E das lobas. Na corte somos os bobos. Com mãos bobas. As mãos sentem fomes. E outros nomes. Que ao contar fico de outra cor. Me seduz. Meu amor. Apague essa luz. Na claridade não é tão legal. Me faz bem mal. Me seduz. Me faz o tal. Renascida pra vida. A bola é dividida. E o lance é perigoso. Mas tão gostoso. Que falem de amor. Quando me calo. Eu prefiro outra dor. Que é regalo. E se tudo acabar. É simples - paro. E nem reparo. Viva as promessas vãs. Pelos amanhãs.
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
quarta-feira, 26 de setembro de 2012
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Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)
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