As flores de fogo queimam. Mas hão sempre de enfeitar. Hão de sempre dar seu perfume. Como ninguém há mais de dar. Hão de dar sua própria vida. Por alguém hão de murchar. Mesmo quando não lhe conheçam. Isso não há de importar. Isso sempre acontece. Não importa o lugar. Crescem em qualquer parte. Até no fundo do mar. Até onde só há pedras. Ali também hão de brotar. Agradam ao coração. Mas também agradam ao olhar. Não possuem estação. O tempo é o melhor que há. São feitas de todas as cores. Uma aquarela sem par. Escolha qual é a cor. E assim é que será. Essa será sua prenda. Para quem mais for amar. Só não deixe que ela queime. Porque elas podem queimar. São feitas mesmo de fogo. E ele não pode apagar. É fogo que tudo consome. Mas nunca vai terminar. É o mesmo da alegria. Da festa que vai começar. Da ciranda e do riso. Que também arde no lar. Que ilumina as noites. Que tudo vai clarear. Fazem subir os balões. Porque aquecem o ar. Me deixem junto com as minhas. Até que me corpo consuma. E minh'alma se libertar. Então serei uma delas. Estrela com seu brilhar...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
sábado, 29 de setembro de 2012
Flores de Fogo
As flores de fogo queimam. Mas hão sempre de enfeitar. Hão de sempre dar seu perfume. Como ninguém há mais de dar. Hão de dar sua própria vida. Por alguém hão de murchar. Mesmo quando não lhe conheçam. Isso não há de importar. Isso sempre acontece. Não importa o lugar. Crescem em qualquer parte. Até no fundo do mar. Até onde só há pedras. Ali também hão de brotar. Agradam ao coração. Mas também agradam ao olhar. Não possuem estação. O tempo é o melhor que há. São feitas de todas as cores. Uma aquarela sem par. Escolha qual é a cor. E assim é que será. Essa será sua prenda. Para quem mais for amar. Só não deixe que ela queime. Porque elas podem queimar. São feitas mesmo de fogo. E ele não pode apagar. É fogo que tudo consome. Mas nunca vai terminar. É o mesmo da alegria. Da festa que vai começar. Da ciranda e do riso. Que também arde no lar. Que ilumina as noites. Que tudo vai clarear. Fazem subir os balões. Porque aquecem o ar. Me deixem junto com as minhas. Até que me corpo consuma. E minh'alma se libertar. Então serei uma delas. Estrela com seu brilhar...
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