Era meio-dia. Era quase dia.
Era como carro bem na contramão.
Era quem sabia. Era alegria.
Era efeito oposto essa solidão.
Era samba-enredo com monotonia.
Era vela acesa na escuridão.
Era quase morte. E o que faria?
Não quero saber qual razão.
Acabou a festa. Acabou folia.
Não me assusta mais o não.
E eu ouço a tua melodia.
Ou será que foi uma visão?
Tava aqui no Rio. Tinha fantasia.
Não importava.Tinha o pé no chão.
Eu tava atento. A mente vazia.
Tava no sofá vendo televisão.
Falam de projetos e de harmonia.
Falam de remédios e de solução.
Só não me dizem quem acreditaria.
Era tudo farsa. Era ilusão.
Era pouco. Pouco o que eu pedia.
Talvez outro louco me desse a mão.
Tu me dando um beijo minha vadia.
Tu me enganando. Falando em tesão.
Carros estacionados na calçada fria.
Eu impressionado com a multidão.
Era a manchete que eu mesmo leria.
Fui entrevistado. Foi a sensação.
Era meio-dia. Com certeza dia.
Eu cheguei cansado. Era exaustão.
Era quem sabia. Era alegria.
Quero fechar os olhos. Ver a escuridão...
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