sexta-feira, 1 de março de 2024

Gol Contra

Não falarei a fala que me deram

Nada mais importa que a verdade

Toda dor está onde ela nasceu

Se sumir será onde acabou de vez...


Existem várias e variáveis guerras

Algumas declaradas e outras nem tanto

Todo prêmio termina com o tempo

Assim como o brinquedo perde a graça...


Ninguém escolhe ser rude e direto

Todas as folhas um dia tiveram sua cor

Até que o amarelo tomou conta de tudo

E isso foi apenas a metade do caminho...


A fome é uma teimosia má e constante 

E as várias páginas que os livros têm

Estão em branco na mais solene espera

Que alguém escreva com mãos trêmulas...


Qualquer boa intenção tem perigo

O sistema aproveita mais das falhas

Todos pensam que pensam e se enganam

Toda aranha um dia será presa...


A partida inteira de feita de gols contra

Até a idiotia é uma novidade surgida

Cobertura de chocolate para as pedras

Mesmo quando isso dói e bastante...


(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...