Para tudo
E para todos
Saudações do Inferno que é logo ali
Para isso
E para nada
É quase a mesmo coisa sempre
Para ontem
E para amanhã
A mesma ilusão sempre acaba funcionando
Para os vivos
E para os outros vivos
Minhas sinceras e humildes saudações
Para os gregos
E para os troianos
Eis o aviso que a guerra nunca acabará
Para os feios
E para os belos
Tomem cuidado com a data de validade
Para as flores
E para os espinhos
Sem as raízes nada mais poderá existir
Para os homens
E para os bichos
Não vemos o ar mas ele sempre existe
Para os versos
E para as estrofes
Sem os poetas nada pode se mostrar
Para tudo
E para todos
Saudações do Inferno que é logo ali...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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