domingo, 17 de março de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 254

Até eu tive medo de mim mesmo. Não posso mentir. Não devo mentir. Meus sonhos não foram exagerados. Minhas vontades é que foram. Não eram desejos. Eram mais necessidades. Meus sonhos foram consumidos como velas depois de acesas. Minhas vontades já estavam presentes em meu ser. Meu sonhos acostumaram a serem mortos. Meus desejos sabiam que depois de satisfeitos me enojariam. Minhas necessidades seriam sinceras ao extremo. Até eu tive medo de mim mesmo. Não posso mentir. Não devo mentir. Já bastam as mentiras que faço na frente do espelho...


...............................................................................................


Dá um sorriso aí. Mesmo que seja sem motivo. Uma tristeza disfarçada. Um sorriso daqueles sem graça, mas mesmo assim o dia merece. Domingo igual a tantos outros, pois não? Mas domingos. Pense em algo de bom que pode acontecer, entretanto, não exagere. O otimismo em demasia virou moda, modas passam um dia de forma quase desastrosa. Os domingos são o que são. Eu não gosto deles, mas tenho meus motivos. Dá um sorriso aí...


...................................................................................................

 

Eis aqui o caminho  - siga-o

As desilusões lhe esperam - faz parte

A humanidade é isso - os homens são maus

Nem sempre o amor nos salva - ele tem espinhos

Quando a chuva cair aproveite - vamos dançar

Quando a peça acabar bata palmas - você também é plateia

Não se preocupe em acumular - não levaremos nada

Viva apenas o hoje - não existe um outro tempo...


.................................................................................................


Um tiro no escuro

só vemos clarão

Atrás desse muro

só há ilusão

Nada é seguro

menos ainda o coração...


.................................................................................................


É quase um silêncio

Alguns pássaros teimam

No nascer do dia

Mesmo o calor é frio

Aonde estaremos?

Cada detalhe vital

O ontem saiu correndo...


.................................................................................................


Mar revolto esse...

Estamos em pleno agosto

Mesmo que não seja...

As mudas de planta

Agora estão fenecidas

E meus planos falharam...

Tirarei meus óculos 

E não precisarei mais...

Mar revolto esse...


...............................................................................................................


O gato pulou no quintal

Mas não foi pra caçar passarinho!

Mas não foi pra pegar borboleta!

Mas não foi pra machucar besouro!

Mesmo caçador que antes

Foi pra capturar aquele sol

E olha que o danado conseguiu!

Agora é só cochilar em paz...


...............................................................................................................

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Carliniana XLIV (Tranças Imperceptíveis)

Quero deixar de trair a mim mesmo dentro desse calabouço de falsas ilusões Nada é mais absurdo do que se enganar com falsas e amenas soluçõe...