Algum sangue
Não mais circulante
Coagulado, seco,
Pulverizado,
Carne agora inexistente,
Ossos amarelados
(Onde estarão?)
Matéria indestrutível
(Mas transformante...)
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Minha memória (despedaçada)
Feito laje (agora caída)
O que eu achava (o que não achava)
O que eu gostava (o que não gostava)
O que eu queria (o que não queria)
Hoje sou meu quase inverso...
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Formigas com asas
Milagres aerodinâmicos ímpares
Joaninhas usando chita
Nova moda para o próximo verão
Uma nova dose de nada
O que deseja nossa sutil vontade
Eu sou apenas plural
De uma singularidade irritante
Errei no tiro que dei
E acabei vindo a óbito ainda vivo...
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Em estado de choque
Faltam-me alguns fios estratégicos
Faltam-me dentes antes úteis
Sobram-me rugas desnecessárias
Chegam-me saudades irritantes
Notas de canções destruídas
Repetitivas em ecos insonoros
Deixem meu sono em paz, porra!!!
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Os demônios não passeiam mais nesta cidade:
Eles possuem muito medo de serem assaltados...
Os fantasmas não assombram mais nesta cidade:
Temem serem assustados por vivos mais mortos...
Os monstros não fazem vindas mais nesta cidade:
Poderão ser vítimas de algumas armadilhas daqui...
Os zumbis não ousam atacar mais nesta cidade:
A morte agora é viva nos que moram neste inferno...
Os demônios não passeiam mais nesta cidade:
O último que se atreveu arrancaram suas asas...
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Um beija na boca do outro
Pensando no que será o próximo minuto
Uma roça na boceta da outra
Esperando um outro quase tesão
O efeito do álcool poderá passar
Assim como toda droga acaba morrendo
Coloque o novo hit sem definição alguma
Até a arte acaba sendo um espantalho rentável...
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Ser maldito?
Ninguém escolhe...
Fugimos em vão...
Os que escolhem são os tolos
Os que acham que chocam
Os que ao acaso leram...
Malditos não queriam chorar
Mas terminaram assim...
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