domingo, 3 de março de 2024

Alguns Poemetos Sem Nome N° 253

Algum sangue

Não mais circulante

Coagulado, seco,

Pulverizado,

Carne agora inexistente,

Ossos amarelados

(Onde estarão?)

Matéria indestrutível

(Mas transformante...)


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Minha memória (despedaçada)

Feito laje (agora caída)

O que eu achava (o que não achava)

O que eu gostava (o que não gostava)

O que eu queria (o que não queria)

Hoje sou meu quase inverso...


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Formigas com asas

Milagres aerodinâmicos ímpares

Joaninhas usando chita

Nova moda para o próximo verão

Uma nova dose de nada

O que deseja nossa sutil vontade

Eu sou apenas plural

De uma singularidade irritante

Errei no tiro que dei

E acabei vindo a óbito ainda vivo...


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Em estado de choque

Faltam-me alguns fios estratégicos

Faltam-me dentes antes úteis

Sobram-me rugas desnecessárias

Chegam-me saudades irritantes

Notas de canções destruídas

Repetitivas em ecos insonoros

Deixem meu sono em paz, porra!!!


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Os demônios não passeiam mais nesta cidade:

Eles possuem muito medo de serem assaltados...

Os fantasmas não assombram mais nesta cidade:

Temem serem assustados por vivos mais mortos...

Os monstros não fazem vindas mais nesta cidade:

Poderão ser vítimas de algumas armadilhas daqui...

Os zumbis não ousam atacar mais nesta cidade:

A morte agora é viva nos que moram neste inferno...

Os demônios não passeiam mais nesta cidade:

O último que se atreveu arrancaram suas asas...


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Um beija na boca do outro

Pensando no que será o próximo minuto

Uma roça na boceta da outra

Esperando um outro quase tesão

O efeito do álcool poderá passar

Assim como toda droga acaba morrendo

Coloque o novo hit sem definição alguma

Até a arte acaba sendo um espantalho rentável...


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Ser maldito?

Ninguém escolhe...

Fugimos em vão...

Os que escolhem são os tolos

Os que acham que chocam

Os que ao acaso leram...

Malditos não queriam chorar

Mas terminaram assim...


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