terça-feira, 5 de março de 2024

Farol de Nulidades

Todo silêncio que grita

Alguns sons que são cúmplices

Minha cidade me desconhece

Mas eu pouco me importo

Existem tantos assim desse jeito

Invisíveis é o que somos

Faróis esquecidos no mar

Ela se transformou quase agora

E eu me transformei faz tempo

Minhas aventuras estão mortas

E meus sonhos são espinhos

Marimbondos não me atacam mais

As fogueiras estão apagadas

E este sol não me queima tanto

Príncipes e sapos no mesmo cordão

Escombros de inocentes histórias

Apanho conchinhas na praia deserta

Parecida com uma praça infinita

Meus dedos tremem  pelo teclado

Enquanto a apatia devora os seres

Todo silêncio que grita agora

Neste farol de todas as nulidades


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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