À deriva
Não há mais velhos domingos em família
Em que a alegria dispensava motivos
E as lembranças são as mais importais
Loucura
Ser ou não ser não é questão alguma
A poeira de quem fez toda esta obra
Cabe numa caixinha velha de papelão
Estigma
Foge de minhas veias e escorre na pele
O sangue que antes não tinha nem visto
Tudo aquilo que precisamos nem notamos
Inversão
A puta um dia desses simplesmente não era
O som antes de invadir o ar era o silêncio
Todo o rio em sua rotina ainda é novidade
Destino
O controle remoto na mão do tolo é arma
Todo sonho antigo é mais um combustível
Assim como milhares de folhas espalhadas
Púrpura
Todas as cores são apenas mais uma cor só
Não sei se vou aos céus ou desço ao abismo
Até a lógica tem sua mágica para nos mostrar
Fascínio
O chão feito de caquinhos está todo molhado
Os pés das crianças brincam sobre o espaço
E a minha infinitude fica mais emocionada
Navegando...
(Extraído do livro "Escola de Mortos" de autoria de Carlinhos de Almeida).
Nenhum comentário:
Postar um comentário