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Dança das cadeiras, é isto que é. Em variados ritmos e em determinados tons diferentes. Mas é o que é. Todos perdem, mesmo quando ganham. Todo prêmio acaba perdendo sua graça em um segundo depois. Essa é a verdade. Na arte a estética corre ladeira acima enquanto os rios observam sem nada saber. O brinquedo velho na mão da criança pobre vale muito mais.
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Eu gostaria de lhe convidar para um chá. Sem propósito algum. Não observar a beleza que todos dizem que tem. Sem malícia alguma, quase vazio como quem anda por andar. Eu gostaria de lhe oferecer mais um trago. Lhe falar alguma mentira. Dizer que as nuvens são todas de algodão, essa é a nova descoberta da ciência. Eu poderia lhe oferecer um cigarro. Mesmo quando ele nos mata um pouco mais, assim esqueceríamos um pouco da tristeza do mundo que acaba nos consumindo. Eu quebraria todos os protocolos e lhe daria apenas um beijo na boca...
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Não foi ela. Não fui eu. Não ficamos gritando para que o carnaval levasse um susto e chegasse mais cedo esse ano. Não foi ela. Não fui eu. Não batemos as asas até quebrá-las numa tentativa inútil de voo. Não foi ela. Não fui eu. Não demos nome a nada que não nos pertencesse se apenas muito mal temos nossos sonhos. Não foi ela. Não fui eu. Não acordamos ninguém com nosso riso descontrolado vindo dos segredos que temos para compartilhar eternamente. Não foi ela. Não fui eu...
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Siga meus passos se sentir vontade. Espie atrás de alguma coisa para onde vou. Coloque o ouvido atrás da porta para escutar meus segredos mais graves. Roube as senhas das minhas redes sociais e descubra o que ainda pretendo desse resto de vida. Mande mensagens no meu lugar ofendendo meus amigos sem propósito algum. Seja minha caçadora e me engula de uma vez por todas. Beba meu sangue como num filme americano de terror. Mas mesmo assim esteja comigo.
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Escuto o som mágico do metal batendo contra o vidro. Dia ou noite. Algumas vezes com palavras, outras não. Já existiram outros tempos melhores, mas mesmo assim vamos sobrevivendo. Ainda existe encanto no gosto, com ou sem modernidade naquilo que é. Quanto passos já foram dados? Talvez o suficiente para uma volta no mundo inteiro, tudo depende do tempo. E lá vão os pipoqueiros sempre sorridentes, mesmo quando não...
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Gosto do seus gritos, misto de desespero e de alegria que preenchem todo ar que está em volta. Do seus infinitos passos de todas as tribos possíveis. Gosto do seu riso, mesmo quando eu não tenha e mesmo assim acabo tendo. Dos seus olhares que não infundem medo ao mais medroso dos mortais. Gosto dos seus gostos que se não atingirem minha boca, irão atingir minhas narinas e serão a mesma coisa. É um reino onde todos acabam sendo os reis. Pena que essas pobres pernas não ajudam mais ir na feira como antes...
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