domingo, 10 de março de 2024

E Até A Morte Morre...

Tudo que eu fiz eu não fiz

Neste generoso caminho de espinhos

Todos os são pesadelos bonitos

Em sua coreografia aperfeiçoada

Estar em qualquer lugar é possível

Mesmo quando o delírio nos atinge

Todos os tamanhos são apenas um

As vontades estavam de passagem

Só a fisiologia nos acerta os tiros

Não entender pode ser uma vantagem

É dúvida se o mar balança ou o barco

As folhas possuem sempre a mesma cor

Toda simplicidade é mais complicada

Nada sobrou após o final desta festa

Algumas palavras já fazem um discurso

Até a morte morrerá um dia desses...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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