Viver como quem não vive...
A morte? Um estalar de dedos...
Enquanto tanta coisa acontece
em mim não acontece nada...
E os dias se sucedem como castigos
ao criminoso sem culpa...
Viver como quem não vive...
A morte? Um soprar de vela...
E os homens vão lutando por nada
como uma piada sem ter graça...
Há tantos nomes esquecidos
em lápides já apagadas...
Viver como quem não vive...
A morte? Uma canoa que furou...
Os castelos enfim são derrubados
e as fantasias vão embora...
Acabaram-se todos esses medos
ou serei eu o meu próprio medo?
Viver como quem não vive...
A morte? Um piscar de olhos...
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