Eu não faço questão de ser o outro, de não estar tão mal, estar tão bem. Eu não faço questão de caminho longo ou curto, se acaba ali ou mais além. Eu não faço questão de ser a pedra, de ser o barco, de ser o trem. Eu não faço questão de ser o sim, de ser o não ou o porém. Eu não faço questão de ser a fúria, de ser calma, de estar tão zen. Eu não faço questão de ser a prece, de ser a praga ou ser o amém.
Prefiro ser qualquer coisa...
Desde que eu seja eu...
Nem bom nem mal...
Vaiado ou aplaudido...
Eu não faço questão de ser o outro, ser mata atlântica, ser a cidade. Eu não faço questão de ser a tristeza, ser coisa alguma, ou a felicidade. Eu não faço questão de ser a noite, ser o dia, a escuridão, a claridade. Eu não faço questão de ser lugar-comum, coisa comum, ser raridade. Eu não faço questão de ser o pouco, de ser o muito, qualquer quantidade. Eu não faço questão de ser o tudo, ser o nada, nem a metade.
Prefiro ser qualquer coisa...
Desde que eu seja eu...
Nem bom nem mal...
Lembrado ou esquecido...
Eu não faço questão de ser Adão, de ser Eva, de ser a serpente. Eu não faço questão de ir atrás, de ir no meio, de ir na frente. Eu não faço questão de ser o igual, o quase igual, ser o diferente. Eu não faço questão de ser o médico, ser o remédio, ser o doente. Eu não faço questão de ser a água fria, de ser a cinza morta, a chama ardente. Eu não faço questão de ser toda a verdade, toda a mentira, nem o que mente.
Prefiro ser qualquer coisa...
Desde que eu seja eu,,,
Nem bom nem mal...
Acordado ou adormecido...
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