Eu sou do meu tempo infelizmente
Acabaram-se todas as minhas saudades
Todos agora temos as mesmas idades
E a palavra de ordem é estar doente
Somos androides defeituosos e saudáveis
Meu bem, somos produtos descartáveis...
Em meio à tantos frutos não há semente
A minha prece é só mais um escapismo
Estou orando na beira de um abismo
Existem tantas bocas e nenhum dente
Somos apenas brinquedos desmontáveis
Meu bem, somos produtos descartáveis...
Preciso de um novo veneno imediatamente
Um veneno para poder viver que não mate
Pois a vida é um diamante sem ter quilate
O coletivo nada mais é que um inconsciente
Há tantas boas intenções tão desprezáveis
Meu bem, somos produtos descartáveis...
Nós caímos bem no ninho da serpente
A nossa cegueira é tudo aquilo que vemos
A nossa pobreza é tudo aquilo que temos
Eu acreditando ou sendo um descrente
São tantos os feitos mais formidáveis
Meu bem, somos produtos descartáveis...
Só isso...
Nenhum comentário:
Postar um comentário