terça-feira, 7 de abril de 2020

Pelo Espaço

Pre teen boy without t-shirt angrily screams into a spray of water against a black background with copy space. Emotional portrait of teenager man. Toned image. screams from the front view
Pelo espaço vão os meus gritos
e por ele perdem-se aos poucos
O silêncio é a herança dos tristes
uma herança que não os larga...
E nem vejo bem a hora que chega
porque o tempo ensina e confunde
As fatalidades são meros detalhes
que enfeitam todos os dramas...
Existem vários tipos de solidão
mas as involuntárias doem mais
Nascer e morrer são dois tipos
e não se sabe qual delas é pior...
Todas as vezes que me espelho
dou apenas um tiro no escuro
Desconheço de que sombra 
veio meu medo mais profundo...

Pelo espaço vão os meus sussurros
e por ele aumentam aos poucos
O infinito é a minha moradia
e nuvens e estrelas meus enfeites...
E não verei a hora que o trem chegar
porque a exatidão acaba dormindo
Não haverá mais novidade alguma
que possa me dar algum susto...
Existem variações de uma só paixão
e todas elas podem doer demais
Viver e sofrer é apenas o que há
e isso é nossa fome que nunca passa...
Todas as vezes que me espero
apenas ando na corda bamba
Desconheço de que história
veio a minha alegria tão passageira...

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Alguns Poemetos Sem Nome N° 322

O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...