terça-feira, 24 de setembro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 30

Quimera – Wikipédia, a enciclopédia livre
teus olhos
violentos são
e não há mais chuva
do que isso
mesmo sob sol
tua pele
ninho de serpentes
onde coloquei 
minha cabeça
para descanso
teu gosto
abismo pronto
para que caia
e nunca mais possa
sair de lá

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esperar a espera
esperar a fera
esperar a quimera

esperar esperar e esperar...

fugir da fuga
fugir da ruga
fugir na madruga

fugir e fugir e fugir...

cantar a canção
cantar a emoção
cantar a razão

cantar e cantar e cantar

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as margaridas são felizes
um anjo gosta delas
os manacás são felizes
um anjo gosta deles
e o céu esta hora
está cheinho de margaridas
e manacás por lá
e os outros anjos regam-nos
para que fiquem bem bonitos...

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sou tão moderno quanto os antigos
tudo é uma modernidade decadente
sou tão malvado quanto os anjos
todas as paixões tem um quê de abismo
Sou tão sensato quanto os loucos
e nisso consiste minha tábua de salvação
sou tão arisco como um regato
que mesmo calmo não pára de andar
sou o que sou o limitado universo
que não conhece nenhuma limitação

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minha madruguice 
não possui limites
escuto os galos que acordam
os passarinhos limpam a garganta
para seu afã que não pára
minha madruguice
não mede esforços
pedindo que os dias sejam bons
mesmo sabendo que lá fora
a loucura dos homens não pára

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fatídicos instantes aqueles
que meu sonho deixou-me só
inebriante desejo de você
um quase que impossível
choro um choro sem lágrimas
em que a poeira 
faz quase parte de mim...

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há várias guerras sendo travadas
umas rudes e de cores bem fortes
outras mais sutis e quase invisíveis
não devemos nos enganar nunca
nenhuma delas vale a pena
a única guerra válida é a pela paz...

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