segunda-feira, 16 de setembro de 2019

Alguns Poemetos Sem Nome Número 28

Menino preocupado com a mão na cabeça, segurando o relógio branco ...
me dê alguns momentos
no máximo um minuto
para corrigir as besteiras que falei
congele uma cena
apenas uma só
naquela que seu carinho é eterno
apareço por aqui
qualquer dia desses
e mostre que a felicidade é inesperado

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muitas mentiras são sábias
a solidão nem sempre é bem vinda
morrer pode ser até bom
mas queremos viver chorando 
há desastres onde não esperamos
mas tudo acaba em piada
mais filosofia em certas ironias
e mesmo acertando errando vamos
gostaria de descobrir novos segredos
mas isso tiraria mais ainda o sono

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todo trágico
tem algo de simples
e toda novidade
já era esperada
tudo é como antes
não insistam por favor
o envelhecimento segue
bem de perto qualquer coisa


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nem sempre saio machucado
com os desamores que me atacam
decepção repetida vira rotina...
nem sempre fico desolado
quando a solidão me envolve
é marca do destino ir e vir assim...
nem sempre os pensamentos fazem sentido
pois a loucura também tem seu encanto
as estrelas do céu que o diga....

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não qu'eu queira
não qu'eu possa
a saudade inteira
a saudade é nossa!

não qu'eu faça
não qu'eu possa
a vida faz trapaça
a partida é nossa!

cansados estamos 
mas jogamos...

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estalo dedos e saem faíscas
é apenas questão de estilo
penso em nadas que preenchem
a mente já cansada
tudo no mundo quase passa
os nossos sonhos são teimosos
sob a casca do ferimento
ainda persistem as cicatrizes

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novas danças 
danças antigas
reparem bem
o que se há de esperar
o tempo é uma roda
e nela se colocarmos os olhos
nos enganaremos
com toda a certeza
os velhos erros 
vão se repetindo
e as velhas mentiras
nunca se descansam

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