Não contesto. Que sou o resto. Funesto. Indigesto. Desonesto. Mas quem diria. Que é o dia. A minha alegria. Desceu pela pia. De ver tanta covardia. É pirado. O errado. O estado. As coisas como estão. Sim e não. Não e sim. Ai de mim. O pirão. O clarão. Que ninguém nota. A marmota. A lorota. A xoxota. Meu irmão. A boa. A cara de broa. A outra pessoa. E tudo destoa. E é o muro. Adeus meu futuro. Tá tudo escuro. Tá tudo puro. Somos inocentes. Ai ai meus dentes. Morderam correntes. E indigentes. Choramos os erros. E os próprios enterros. Lá pelo aterro. Enquanto erro. Eu dou mais um berro. São apenas sons modificados. E os homens mortificados. São assalariados. Julgados e culpados. Num tribunal sem juiz. Fui que quis. A meretriz. O Assis. Pra ser feliz. Rimas baratas. São tantas Renatas. Tenho mais dez pratas. As outra trinta estavam no bolso. Foi aquele alvoroço. Eu era um bom moço. E me comportava na hora do almoço. Mas caí no poço. Peguei um avião. Foi tão bom. Mas não tão. Saltei naquela estação. Era a errada. Ó minha amada. Não deu em nada. Foi só furada. E deu enredo. Era o próprio medo. Fazendo segredo. E vindo mais cedo. E foi engano. Mas desumano. Eu sou suburbano. Entrei pelo cano. Vem ano e saio. Um rito profano. Sou um realista. Fora da pista. Capa de revista. Vou no analista. Seu porco fascista. Com tantas faces. São mero disfarces. E tantos impasses. Vendemos os passes. São meros dramas. Calçadas das famas. Calçadas com lama. Subi pelas paredes. Revi as minhas sedes. As frutas estão verdes. Ninguém me entende. Tudo se vende. O inimigo se rende. Não contesto. Que sou o resto. Funesto. Indigesto. Desonesto. Mas quem diria. Que é o dia...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Carliniana XC ( As Calçadas do Impossível )
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