quarta-feira, 9 de abril de 2014

Insaneana Brasileira Número 18 - Os Leões dos Chafarizes

Minh'alma não tem dono e se teve foi há muito tempo e não me lembro mais. Sem vírgulas e pontos miúdos dignos de nota eu fiz um mundo onde cores e gostos se diferem e ao mesmo tempo se combinam. Vamos olhar com bons olhos aquilo que antes não pudemos ver. É uma chance única que faltam mais mãos para poder realmente segurar e dedos para poder fazer carícias. É o Éden que nos acha em qualquer esquina empoeirada e cheia de um sol moleque que às vezes faz até falta. Era um jogo de bola que não joguei e bolas de gude que só serviam pra olhar através do colorido simpático de seu vidro. É um vôo na maioria das vezes noturno que pode também pode ser de dia se o sol me deixar. Ah! Esse sol que amo com todas as forças e que vinha no meu quintal me visitar em dias de mais tristeza. Esse amigo de fogo que espantava a chuva malvada pra bem longe de mim. É o vidro! É o vidro! Que faísca como as fogueiras incomodadas na nossa mais cruel e inocente das brincadeiras. Não importa se queima ou não porque éramos nos que ficávamos em volta dela bem pequena contando histórias que ninguém nunca ouviu. Uma ternura me envolve como uma nuvem de fumaça que caiu lá de cima e gastou pleonasmos e hipérboles de mil e umas satisfações. É o samba-enredo e é o frevo e é a dança-da-chuva ou mais aquilo que o corpo quiser dançar.Venham e quem quiser me acompanhe entre jardins ainda vivos com cores escondidas e cheias de plena satisfação. Não preciso de sagrados elixires e nem de mais nuvens do que aquelas que guardo no bolso fazem muitos anos. São sonhos o que tenho! São sonhos! O que os homens podem ter mais de real neste mundo. São sonhos! A chuva passou e o sol renascerá num céu mais limpo...

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