terça-feira, 8 de abril de 2014

Mirabolantes

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Em sonhos sonhei coisas mirabolantes
Impossíveis giravam feito carrossel
Eram livros fechados pelas estantes
Nuvens vagabundas pelo meu céu

Cavaleiro de cem batalhas perdidas

Conservo entretanto alegres figuras
Tenho que viver muitas e muitas vidas
Para que as feridas tenham suas curas

Façamos agora o mais novo ritual

É hora das fadas virem aqui também
Em cada dia um novo carnaval
E uma partida em mais um trem

Nova telas vão se desenhando

Na forma de artísticas espirais
E vamos no até e no até quando
Até poder ou até não poder mais

Eu daqui vejo mais mil miragens

Em meio ao que chamo deserto
E queria as minhas velhas imagens
Que não estão mais aqui perto

Tremulam ao vento os pavilhões

E as notícias estão vindo do norte
Acabou-se o medo dos canhões
E caiu a máscara da cara da morte

Em sonhos sonhei coisas mirabolantes

Impossíveis giravam feito carrossel
Eram apenas resultantes instantes
Que povoavam este meu céu...

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