quinta-feira, 3 de abril de 2014

Para a Palavra

Palavra minha escrava
Vai onde eu mandar
Vai propagar em gritos
Os que forem mais bonitos
De se escutar
Mostra aquilo que pude
Com meu jeito rude
Ao mesmo tempo terno
Eu escondo meu amor
No meio de tanta dor
Meio mundo meio inferno
Palavra minha parceira
Minha puta safada
De qualquer maneira
Ou certa ou errada
Ou última ou primeira
E mesmo quando me calo
Até mais coisas eu falo
Aquilo que posso falar
Falo de amor e paixão
Coisas de céu e de mar
Guerra paz e subversão
Sou como pássaro solto
O amargo que virou gosto
Um mar grande e revolto
Que veio lá em agosto
Palavra minha constante
Deixo aqui registrado
O tanto que tenho te afagado
Desde um tempo distante
Antigo vivo morto incalculado! 

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