sexta-feira, 25 de abril de 2014

Insaneana Brasileira Número 21 - É Tudo Um Minuto

É tudo um minuto milimetricamente medido em frases curtas que podem fazer bem ou não. Dependendo de quem faz o desenho. Hoje estava na rua como em quantas e tantas vezes e me entristeci. Tudo é igual em doses duplas. A ambição endurece os dedos e trazem mais dor do que o comum. Cidadãos comuns em sua rotina desesperadora. A garrafa sem fundo que um menino com tiques orientais bolou em seus planos bélicos. Um poço de águas perigosas que me fez chorar. Nem pensem nisso. Aboli todas as regras e de hoje em diante serei mais feliz do que nunca fui. Porque o deboche entrou em minhas veias endurecidas e me fez o verdadeiro dono das ruas. É parte do show e nisso sabemos plenamente. Sem prêmios ou coroa de louros andam os heróis. E em quadros óbvios sabemos tudo que a mão pode alcançar. Modéstia à parte tudo é assim. Um signo de cores esvoaçantes em que nada mais acontece do que o imprevisto. Surpresa é o prato do dia. Surpresa é o nome do novo game que acaba logo depois do começo. É nosso o carnaval fora de época. E o laudo adulterado de qualquer crime que virou folhetim em breves discursos de loucos mais letrados. Parem as engrenagens. É hora do almoço de meia em meia hora e ainda sentimos fome. Palitamos os dentes cheios de idéias sutis como o meu amor por todas as mulheres belas do mundo. Eu me transformo em lobisomem nas tardes de quarta-feira exatamente na hora do chá. E encho de luz as folhas molhadas da chuva passada. Sou inteligente suficientemente para me achar um idiota. E guardar minhas mancadas num museu de grandes lembranças. São as vitrines que fazem girar minha cabeça. Os lançamentos me dão tesão. E a nova meretriz da praça é uma impressora em 3d que produz estilingues de alta precisão que podem atingir o sol. Nunca fui um bom escritor. Anoto apenas fiapos de coisas em pequenos blocos de fabricação caseira desprovidos de qualquer culpa ou estilo brilhante e inteligente. Eu mudo mais de idéias do que um paciente bipolar que ama folia e detesta carnaval. Só gostou de um em que o menino agora morto ria sob a máscara e era tão bom a visão lá de cima de um mar noturno. O primeiro beijo e as primeiras malícias duraram quando muito um minuto...

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