É tudo um minuto milimetricamente medido em frases curtas que podem fazer bem ou não. Dependendo de quem faz o desenho. Hoje estava na rua como em quantas e tantas vezes e me entristeci. Tudo é igual em doses duplas. A ambição endurece os dedos e trazem mais dor do que o comum. Cidadãos comuns em sua rotina desesperadora. A garrafa sem fundo que um menino com tiques orientais bolou em seus planos bélicos. Um poço de águas perigosas que me fez chorar. Nem pensem nisso. Aboli todas as regras e de hoje em diante serei mais feliz do que nunca fui. Porque o deboche entrou em minhas veias endurecidas e me fez o verdadeiro dono das ruas. É parte do show e nisso sabemos plenamente. Sem prêmios ou coroa de louros andam os heróis. E em quadros óbvios sabemos tudo que a mão pode alcançar. Modéstia à parte tudo é assim. Um signo de cores esvoaçantes em que nada mais acontece do que o imprevisto. Surpresa é o prato do dia. Surpresa é o nome do novo game que acaba logo depois do começo. É nosso o carnaval fora de época. E o laudo adulterado de qualquer crime que virou folhetim em breves discursos de loucos mais letrados. Parem as engrenagens. É hora do almoço de meia em meia hora e ainda sentimos fome. Palitamos os dentes cheios de idéias sutis como o meu amor por todas as mulheres belas do mundo. Eu me transformo em lobisomem nas tardes de quarta-feira exatamente na hora do chá. E encho de luz as folhas molhadas da chuva passada. Sou inteligente suficientemente para me achar um idiota. E guardar minhas mancadas num museu de grandes lembranças. São as vitrines que fazem girar minha cabeça. Os lançamentos me dão tesão. E a nova meretriz da praça é uma impressora em 3d que produz estilingues de alta precisão que podem atingir o sol. Nunca fui um bom escritor. Anoto apenas fiapos de coisas em pequenos blocos de fabricação caseira desprovidos de qualquer culpa ou estilo brilhante e inteligente. Eu mudo mais de idéias do que um paciente bipolar que ama folia e detesta carnaval. Só gostou de um em que o menino agora morto ria sob a máscara e era tão bom a visão lá de cima de um mar noturno. O primeiro beijo e as primeiras malícias duraram quando muito um minuto...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Carliniana XLV (Indissolúvel)
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