sexta-feira, 18 de abril de 2014

São Aqueles

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As nuvens que flutuam no espaço
O olhar que se perde ao longe
A praga que nasceu da mágoa justa
As ruas que nos fazem andarilhos
Os prédios que constroem vertigens
As brigas de família em segredo
O tédio que se aparenta com a morte
A rotina que vai doendo aos poucos
As mentiras de goela abaixo
Os sonhos de morro acima
As cartas marcadas entre os dedos
As explicações que atrapalham mais
O poder fazendo cara de santo
A falsa lógica da nossa moda
A via-crucis dos mais comuns
As histórias contadas no rodapé
As estatísticas que amedrontam
Os heróis de uma batalha inexistente
A tela fazendo deuses e demônios à granel
Os papéis gastos à toa com cálculos
As guerras executando planos falidos
As ambições escorrem como água
O tesão gasta as peças de suas engrenagens
As rugas acabam com qualquer festa
As canções alcançam surdos ouvidos
A esperança também entra de férias
Os remédios chegam como carpideiras
Os motivos nem sabe que chegaram
A verdade mentiu para si mesma...

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