Eu tenho nas veias o consumo e o medo. As gírias bem mais colocadas da moda. Nem mesmo sei o que falo. Mas isso pouco me importa. Viva o café servido em copos de geleia de mocotó. E as notícias saboreadas como quem vê um filme em preto-e-branco. Viva a tela colorida que me dita as regras. Que fazem de mim um bom menino. Mesmo que com o sabor da gramática assassinada em uma emboscada perigosa no morro. Eu tenho na cara a falta de tempo e os celulares mais bem transados. E na internet faço os meus caprichos. É a fórmula mágica que caiu do bolso do alquimista. Viva o samba. E a bunda da mulata que deve pesar quilômetros de busca num dicionário de bolso. É o fogo fosfórico subindo da tumba de jovens assassinados pelo dia-a-dia que fez isso para espantar seu tédio. Cliente VIP. It's a very nice. Very good. É bola de gude. Falta d'água no açude. Eu fiz o que pude. Fique aí nude. Com os pentelhos fartos no meio das pernas e os grandes seios de madona caídos bem na minha cara. Vamos que vamos porque o tranco dá para pegar. Ladeira acima e depois ladeira abaixo. Minha sede alcoólica beira à marciana em explorações espaciais comandadas pela NASA. Acabou o vinho e o multiplicador estava de folga. Deus tirou férias e o cara que veio no lugar dele é simplesmente foda. Bate cartão de ponto religiosamente em versos brancos e sonetos camonianos de um português para lá de casto. Eu nem sei subir em muros e quando falo em político gaguejo que nem Renan escutando jingles novos que passaram no intervalo do jogo. Não faça cara feia. Eu já te comi e foi bom. E é um canto ao canto da mais inocente putaria do nosso século. É o macarrão instantâneo comido que nem biscoito nas madrugadas em que os pés somem sob um frio tropical. Chore por nada. E em nada colocamos todos os nossos palpites e fazemos todas as nossas apostas. Eu escolhi letra por letra. Somos robôs de carne e osso e uma dose cavalar de covardia assumida. Como ficou bom o pudim da sobremesa e o meu sono depois de tanto correr. Viva todas as tribos. E duas em especial - a que não entende nada e a que nada entende. Pegue o skate e caia fora. O jogo começou e há tiros e rosas para todos os lados. E certamente as rosas são mais perigosas ainda. Olhe o new look. Pintei os cabelos de cor laranja metálica para ter mais vitamina C em minha dieta. A minha dieta é rica. Tem conta num banco suíço e faz compras de quinze em quinze dias no Paraguai. Viaja de ônibus e tem tesão de mijo. O ônibus é espacial. Vamos para qualquer lugar menos para aqui. Eu sou um astro. E meus pés flutuam à quase um metro do chão. É o meu DNA que funciona às avessas e não me pareço com parente nenhum por parte de pai ou mãe. Sou carioca porra e cuidado comigo porque tenho uma faca entre os dentes que nem o pirata da perna de pau do olho de vidro da cara de mau. Eu sou mau como um anjo e gentil como o devil do seriado da TV por assinatura que sintoniza em um só canal. Bom dia. Tem um minutinho para escutar a besteira nova? Paranoia é uma pinoia. Se brochar na hora caio de boca e tudo certo. Que ela goze de escorrer entre as coxas cheias de belas manchas que faltaram o polvilho. Eu conheço todas as marcas e os comerciais antigos são velhos amigos que morreram de congestão. Está no pique. No alambique. Fiz um trambique. Deu um chilique. Multicolorido e bem chique. Bem chique mesmo. Chega a ser chiqueiro. Santo Bacon abençoai nossas veias e nosso volume de cintura. É o que queremos. Já chega. Brazil é Brasil...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
O amanhã é o hoje com requintes de ontem. Todo amor acaba sentindo raiva de si mesmo. Os pássaros acabam invejando as serpentes que queriam ...
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O caminho que vai dar no mar. Consequências de tudo o que pode acontecer. E lá estão barcos e velas incontáveis. E amores em cada porto ...
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Não sabemos onde vamos parar Mas qualquer lugar é lugar Quantos pingos nos is temos que colocar Quantos amores temos que amar Quantos ...
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