quarta-feira, 30 de abril de 2014

Insaneana Brasileira Número 25 - Brazilis Idade


Eu tenho nas veias o consumo e o medo. As gírias bem mais colocadas da moda. Nem mesmo sei o que falo. Mas isso pouco me importa. Viva o café servido em copos de geleia de mocotó. E as notícias saboreadas como quem vê um filme em preto-e-branco. Viva a tela colorida que me dita as regras. Que fazem de mim um bom menino. Mesmo que com o sabor da gramática assassinada em uma emboscada perigosa no morro. Eu tenho na cara a falta de tempo e os celulares mais bem transados. E na internet faço os meus caprichos. É a fórmula mágica que caiu do bolso do alquimista. Viva o samba. E a bunda da mulata que deve pesar quilômetros de busca num dicionário de bolso. É o fogo fosfórico subindo da tumba de jovens assassinados pelo dia-a-dia que fez isso para espantar seu tédio. Cliente VIP. It's a very nice. Very good. É bola de gude. Falta d'água no açude. Eu fiz o que pude. Fique aí nude. Com os pentelhos fartos no meio das pernas e os grandes seios de madona caídos bem na minha cara. Vamos que vamos porque o tranco dá para pegar. Ladeira acima e depois ladeira abaixo. Minha sede alcoólica beira à marciana em explorações espaciais comandadas pela NASA. Acabou o vinho e o multiplicador estava de folga. Deus tirou férias e o cara que veio no lugar dele é simplesmente foda. Bate cartão de ponto religiosamente em versos brancos e sonetos camonianos de um português para lá de casto. Eu nem sei subir em muros e quando falo em político gaguejo que nem Renan escutando jingles novos que passaram no intervalo do jogo. Não faça cara feia. Eu já te comi e foi bom. E é um canto ao canto da mais inocente putaria do nosso século. É o macarrão instantâneo comido que nem biscoito nas madrugadas em que os pés somem sob um frio tropical. Chore por nada. E em nada colocamos todos os nossos palpites e fazemos todas as nossas apostas. Eu escolhi letra por letra. Somos robôs de carne e osso e uma dose cavalar de covardia assumida. Como ficou bom o pudim da sobremesa e o meu sono depois de tanto correr. Viva todas as tribos. E duas em especial - a que não entende nada e a que nada entende. Pegue o skate e caia fora. O jogo começou e há tiros e rosas para todos os lados. E certamente as rosas são mais perigosas ainda. Olhe o new look. Pintei os cabelos de cor laranja metálica para ter mais vitamina C em minha dieta. A minha dieta é rica. Tem conta num banco suíço e faz compras de quinze em quinze dias no Paraguai. Viaja de ônibus e tem tesão de mijo. O ônibus é espacial. Vamos para qualquer lugar menos para aqui. Eu sou um astro. E meus pés flutuam à quase um metro do chão. É o meu DNA que funciona às avessas e não me pareço com parente nenhum por parte de pai ou mãe. Sou carioca porra e cuidado comigo porque tenho uma faca entre os dentes que nem o pirata da perna de pau do olho de vidro da cara de mau. Eu sou mau como um anjo e gentil como o devil do seriado da TV por assinatura que sintoniza em um só canal. Bom dia. Tem um minutinho para escutar a besteira nova? Paranoia é uma pinoia. Se brochar na hora caio de boca e tudo certo. Que ela goze de escorrer entre as coxas cheias de belas manchas que faltaram o polvilho. Eu conheço todas as marcas e os comerciais antigos são velhos amigos que morreram de congestão. Está no pique. No alambique. Fiz um trambique. Deu um chilique. Multicolorido e bem chique. Bem chique mesmo. Chega a ser chiqueiro. Santo Bacon abençoai nossas veias e nosso volume de cintura. É o que queremos. Já chega. Brazil é Brasil...

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