segunda-feira, 7 de abril de 2014

É O Que É

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Tudo mudou entre o começo e o fim. E mesmo que reclamemos do ontem os motivos foram extintos. Somos o que somos. Cidadãos de um tempo sem tempo mais do que nunca. As nuvens continuam no céu mas ninguém pode olhar para o alto. Somos o que somos. E na frente de um vídeo cumprimos nossa sina. As ordens estão aí para serem obedecidas sendo lógicas ou não. Mude logo essa roupa para que a próxima entre na fila. Coma logo toda a comida. Saudável ou não pouco importa. Leia logo essa frase e a memorize. O que ela diz pouco importa. Novas guerras estão aí em variados tamanhos e diversas cores. O que faltar a gente inventa. Quem é você? Leia a código de barras e saberá. O que é a vida? A próxima moda posta em ação. E o telefonema para votar naquilo que não existe. E os produtos falsificados genuinamente e vendidos no camelô mais próximo. Tudo é novidade. As velhas coisas principalmente. Vamos atrás dos enigmas. Não para resolvê-los e sim para acentuá-los. É a vida que corre pra morte em passos largos e de braços abertos. Não com a serenidade dos sábios. Mas com o conformismo dos tolos. Vamos viver! Ainda gritam algumas vozes. Mas o barulho dos carros e o apito das fábricas ainda são muito altos. E os que mandam não sabem no que mandar. Há muitos disfarces e muitos medos. E quase nenhuma perfeição em jogo. Eis o homem. E o campeonato nas noites de meio de semana. Eis o homem. E as liquidações sem sentido que nos deixam febris. Comprar e comprar e comprar. E vender a alma ao diabo pelo primeiro lance dado. Que seja. A pele do gato está estendida na corda para o próximo tamborim. Que seja. Queremos arrotar da satisfação não tida. Visada sim. Tida não. As noites são mais curtas e a insônia maior. As novidades estão aí mesmo espreitando pelos cantos...

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