Tudo mudou entre o começo e o fim. E mesmo que reclamemos do ontem os motivos foram extintos. Somos o que somos. Cidadãos de um tempo sem tempo mais do que nunca. As nuvens continuam no céu mas ninguém pode olhar para o alto. Somos o que somos. E na frente de um vídeo cumprimos nossa sina. As ordens estão aí para serem obedecidas sendo lógicas ou não. Mude logo essa roupa para que a próxima entre na fila. Coma logo toda a comida. Saudável ou não pouco importa. Leia logo essa frase e a memorize. O que ela diz pouco importa. Novas guerras estão aí em variados tamanhos e diversas cores. O que faltar a gente inventa. Quem é você? Leia a código de barras e saberá. O que é a vida? A próxima moda posta em ação. E o telefonema para votar naquilo que não existe. E os produtos falsificados genuinamente e vendidos no camelô mais próximo. Tudo é novidade. As velhas coisas principalmente. Vamos atrás dos enigmas. Não para resolvê-los e sim para acentuá-los. É a vida que corre pra morte em passos largos e de braços abertos. Não com a serenidade dos sábios. Mas com o conformismo dos tolos. Vamos viver! Ainda gritam algumas vozes. Mas o barulho dos carros e o apito das fábricas ainda são muito altos. E os que mandam não sabem no que mandar. Há muitos disfarces e muitos medos. E quase nenhuma perfeição em jogo. Eis o homem. E o campeonato nas noites de meio de semana. Eis o homem. E as liquidações sem sentido que nos deixam febris. Comprar e comprar e comprar. E vender a alma ao diabo pelo primeiro lance dado. Que seja. A pele do gato está estendida na corda para o próximo tamborim. Que seja. Queremos arrotar da satisfação não tida. Visada sim. Tida não. As noites são mais curtas e a insônia maior. As novidades estão aí mesmo espreitando pelos cantos...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
segunda-feira, 7 de abril de 2014
É O Que É
Tudo mudou entre o começo e o fim. E mesmo que reclamemos do ontem os motivos foram extintos. Somos o que somos. Cidadãos de um tempo sem tempo mais do que nunca. As nuvens continuam no céu mas ninguém pode olhar para o alto. Somos o que somos. E na frente de um vídeo cumprimos nossa sina. As ordens estão aí para serem obedecidas sendo lógicas ou não. Mude logo essa roupa para que a próxima entre na fila. Coma logo toda a comida. Saudável ou não pouco importa. Leia logo essa frase e a memorize. O que ela diz pouco importa. Novas guerras estão aí em variados tamanhos e diversas cores. O que faltar a gente inventa. Quem é você? Leia a código de barras e saberá. O que é a vida? A próxima moda posta em ação. E o telefonema para votar naquilo que não existe. E os produtos falsificados genuinamente e vendidos no camelô mais próximo. Tudo é novidade. As velhas coisas principalmente. Vamos atrás dos enigmas. Não para resolvê-los e sim para acentuá-los. É a vida que corre pra morte em passos largos e de braços abertos. Não com a serenidade dos sábios. Mas com o conformismo dos tolos. Vamos viver! Ainda gritam algumas vozes. Mas o barulho dos carros e o apito das fábricas ainda são muito altos. E os que mandam não sabem no que mandar. Há muitos disfarces e muitos medos. E quase nenhuma perfeição em jogo. Eis o homem. E o campeonato nas noites de meio de semana. Eis o homem. E as liquidações sem sentido que nos deixam febris. Comprar e comprar e comprar. E vender a alma ao diabo pelo primeiro lance dado. Que seja. A pele do gato está estendida na corda para o próximo tamborim. Que seja. Queremos arrotar da satisfação não tida. Visada sim. Tida não. As noites são mais curtas e a insônia maior. As novidades estão aí mesmo espreitando pelos cantos...
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