sábado, 26 de abril de 2014

Insaneana Brasileira Número 23 - Finalmente


Finalmente. Veio a loucura. Fiquei demente. Finalmente. Era um amor. E era serpente. Finalmente. De tão covarde. Virei valente. Finalmente. Esperei a tarde. Fiquei doente. Finalmente. Fiquei sozinho. Não tem parente. Finalmente. Isso é dor. É o que se sente. Finalmente. Eu não vi nada. Faltou a lente. Finalmente. Partiu a amada. Fiquei carente. Finalmente. Eu quero teu corpo. É muito caliente. Finalmente. Eu quero um gosto. Bem aguardente. Finalmente. São tantas coisas. E tudo é evidente. Finalmente. E antos cálculos. Sem ter expoente. Finalmente. O coração pede. E a alma sente. Finalmente. Caiu a chuva. Sobre a semente. Finalmente. É tanta teoria. Cada vertente. Finalmente. Estou sóbrio. Num barato diferente. Finalmente. É tudo sol. Um sol poente. Finalmente. Em cada um poema. A sua vertente. Finalmente. Estamos na missa. De corpo presente. Finalmente. Um antigo canalha. É um pai decente. Finalmente. Cada sonho. Uma dívida pendente. Finalmente. É estrada final. É tempo quente. Finalmente. É final de mente. E a mente só mente...

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