Era tudo que eu queria
Mas era quase nada
Era o vôo que eu fazia
Ou o tombo da escada
Era uma vida vadia
Sem o beijo da amada
À eu mesmo confesso
Que nada que quis tive
Ainda assim mesmo peço
Para um dia ser um livre
Era os óculos no nariz
Mas sem a vista cansada
Era tudo por um triz
Uma alegria e inesperada
Era viver o meu país
Mesmo sem ter estrada
À eu mesmo confesso
Todos os erros que errei
E mesmo sem ter acesso
De todos eles lembrei
Era um rosto que sumiu
Parecia carta marcada
Era um barco que partiu
Mesmo com vela rasgada
Era um amor mesmo vil
A chuva molhou a calçada...
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