Em ruas e em ruas e em ruas. Não adianta mais te seguir e nem te encontrar. Sou louco e sou louco e sou louco em dietas da moda e versos esganados num lugar longínquo sem descansantes sombras de árvores boas. Falar do que já passou é amaldiçoar a própria alma por erros que foram imediatamente perdoados. Um copo e mais um copo e mais um copo enquanto os dentes rangem religiosamente com a dor de profecias baratas mais do que um maço de cigarros de baixa qualidade. Viva a probabilidade mais improvável em todos esses anos nessa carreira louca que deu em nada. Eu contratei uma carpideira para animar essa festa onde os ossos já foram enterrados logo de entrada. Cerveja e cerveja e cerveja até cair no chão e achar graça de ter sido a vítima de mais um solitário holocausto moderno. Não foi a guerra que nos fez chorar. Foi a paz de dias falsos onde tudo que se entende é que deveríamos sair de cena antes do tempo. Eu quebrei as regras e todas elas não choraram na minha despedida. O que se foi é o que realmente ficou e os barcos que içaram suas velas sumiram num horizonte vadio. E como é vadio o meu amor e como minha dor é parceira de intermináveis jogos de azar. Sim e sim e sim. O sim também diz não quando acorda de pé esquerdo e a ressaca de viver a noite passada. Todos os opostos contribuem para que o maquinário do relógio funcione e que eu posso gritar mesmo sem dor alguma. Era uma vez e era uma vez e era uma vez. E todos os segredos já foram publicados que o menino sem esperança vende na próxima esquina. Eu tateio pobre no escuro de mim mesmo. Os meus olhos mudaram de cor e entortaram pra fazerem parte de uma história engraçada sem graça nenhuma. As penas do cocar do cacique ainda estão manchadas com o sangue dos pássaros e ele quer outras ainda mais bonitas. Eu perdi a minha senha e meu desespero veio à flor da pele como num sucesso de bilheteria. Sacuda os quadris e rebole a bunda e me mostre os peitos como deve ser cada inocente putaria. Como é sexy teu sexo que me trouxe somente sofreguidão. Porque sou invulgarmente comum como quem fala aforismas num bar qualquer de bairro pobre. Eu não tenho defeitos eles que são meus donos. E se um andarilho tem todas as suas vantagens. Eu tive medo um dia e ele passou um pouco depois que descobri que nada na verdade tenho à perder...
Perdido como hão de ser os pássaros na noite, eternos incógnitas... Quem sou eu? Eu sou aquele que te espreita em cada passo, em cada esquina, em cada lance, com olhos cheios de aflição... Não que eu não ria, rio e muito dos homens e suas fraquezas, suas desilusões contadas uma à uma... Leia-me e se conforma, sou a poesia...
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Alguns Poemetos Sem Nome N° 322
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