Toda solidão é alguma
E as minhas alucinações
Vão se repetindo sem porquê
Mesmo se evito falar sobre isso
Minha mente insiste até seu limite
Todo carnaval acaba mal
Tem um quê tipo assim finados
O de cujus já acabou de morrer
Mas só será sepultado quarta-feira
E no ano que vem será então exumado
Todo amor parece de ferro
O tempo lhe corrói aos poucos
Parece ser eterno pois é profundo
Semelhante ao Deus que desconhece
Vira as costas e vai embora para sempre
Toda ferida como que não fecha
Mas isso é somente mais um engano
Todas elas certamente um dia fecharão
E sua cicatriz passará tão desapercebida
Pois a memória d'alma possivelmente é fraca
Toda solidão é alguma
E as minhas alucinações me perseguem...
Nenhum comentário:
Postar um comentário