Um som na praça
e no mundo.
Nem tão bonito,
nem tão feio.
E os teus olhos fora de esquadro
(única expressão que me veio).
E um passarinho
com a porta da gaiola aberta.
Deveria ter gritado mais,
feito obscenidades cabíveis.
Mais maldito,
menos choroso.
Mais malvado,
um quê de condenado.
Era eu,
vai em mim.
Engole o mar,
me aponta uma arma.
Me chama de nada,
usa todo repertório.
A parede sujou,
o chão está sujo,
A vida mais ainda,
com um futuro mesquinho.
A mentira falada
é apenas um detalhe.
Torradas e café,
não mais chá.
Quem conhece o impossível
pode enxergá-lo.
A nossa distância
nós fazemos.
O nosso amor
é que nos faz.
Eu me sepulto
quase diariamente.
O poeta estragará
fora da geladeira.
As minhas mãos
perderam sua magia.
Eu sou o mestre
de qualquer tocaia.
Bem-vinda
minha alegria e tristeza.
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