Olá! Deixe me apresentar. Sou o morador daquela cova ali da esquerda. Não tem nome e nem é preciso. Todos daqui possuem números. Não possuem nomes. Sabe como é... A vida nos deixou anônimos, sofremos o tempo todo por uma questão ou outra de fatalidade. Chamam isso de destino. E quando veio a morte... Foi do mesmo jeito. Sem nomes, sem data, sem um epitáfio sequer. Mas de certa forma, está ali nossa imortalidade, sem rosto. Não demorará muito tempo para sermos substituídos por outro que foi também infeliz. Mas por enquanto estou aqui... Vejo que você trouxe algumas flores, mas não as colocou para ninguém. Não sei porque isso aconteceu, mas tudo pode. Então se quiser, sou o primeiro à esquerda. Coloque-as lá. Vou ficar muito feliz...
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