domingo, 17 de setembro de 2023

Céu Sem Céu

Céu azul, céu sem cor, céu verde,

Céu amarelo,

De acordo com a vontade do freguês,

Coloque filtro,

Ou coloque aquela máscara,

Já está pronto,

Não falemos mais nisso...


Não vou mais na praça, sou ela mesma,

Quase encanto,

Grito dos meninos, todos os domingos,

De forma realmente

Abstrata feita qualquer uma pedra ali,

A minha imaginação

Seria mais talvez etílica bebendo algum...


Pássaro rasteiro, amigo fiel do chão,

Na vida não voei,

Só nasceram as penas, todas elas cruéis,

Que nem injeção,

Que nem ponta de faca, entrou na carne,

Não sai mais de lá,

Todo hábito acaba fazendo sua morada...


A juventude já morreu de sua velhice,

Cabelos brancos,

Fique bem ali, logo naquele seu canto,

Olhe para parede,

Disfarce agora com aquele disfarce,

Só esperaremos

A folha acabar caindo ao chão...


Céu sem céu, é isso...


(Extraído do livro "Farol de Nulidades" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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