Os pombos nas praças, o sol testemunhando o branco de várias penas, o dia fazendo sua careta engraçada, alguns graus abaixo ou acima de uma temperatura quase esperada. Os cães dormem ou não. nada mais que isso, fumaça de cigarras e sonhos escapando de alguns peitos que sobretudo doem...
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O primeiro verso, não a primeira solidão, não o primeiro choro (deve ter sido numa sala de parto fria porque era madrugada e chovia). os neurônios fizeram o favor de escondê-lo...
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O meu bastão de peregrino, meu andador de quase inútil, o vento abafado de uma tarde quase sem nada. Não vou fazer mais perguntas, não, não vou fazer! Fumaça de folhas mortas em tempos já engolidos...
Muitos rostos nunca mais vistos, talvez enterrados na minha pobre memória. Não irei mais chorar, não, a minha dose chegou ao final! Apenas um sobrevivente em diferentes pesadelos...
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Aonde o vento vai eu não sei, ainda mais esse vento. esse vento quente sem piedade, que leva passarinhos para longe e mata folhas e flores. Aonde ele para, não faço ideia, deve ser em alguma estranha terra, onde azuis e outras cores se confundem. talvez até onde as pessoas conseguem sorrir.
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Não me culpem por não sorrir, eu sou apenas o filho de uma suburbanidade malvada que prega a injustiça e a tristeza. Não fui às armas, a luta é bem pior. A luta é pela fome, pela injustiça, pela apatia de uma elite ajudada pelos próprios oprimidos. Deixem que fale lugares-comuns, o tempo de muita coisa já passou.
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Aqui é um lugar comum, onde tristezas e alegrias andam de braços dados. Aqui é um lugar comum, onde as pipas acabam distraindo os meninos que não sabem o que será o amanhã. Aqui é um lugar comum, onde a poesia fechou a porta e não recebe visitas faz bastante tempo...
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Toda história merece ser lembrada, até as que foram esquecidas. Cada pequeno detalhe, cada palavra, cada cor, cada nuance antes que o vento chegue se sopre a areia. A areia da memória que acaba calada perante o vento malvado do esquecimento...
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