sábado, 19 de fevereiro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 126

Sou janelas,

a porta está fechada,

no silêncio que me encontro -

- permanecerei...

Olho apenas o mundo

(minha grande rua)

onde poucas coisas e seres passam...

Os dias se sucederão,

quase que intermináveis

até que até seu fim

então venha...


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Sou imune à banalidade do óbvio

(gosto de ter alguma surpresa...)

A repetição não me atinge

como antes - um direto no queixo!

O mesmo mar está como antes,

aliás, como sempre esteve,

sua mística ainda me fascina...

Certas coisas acabo me esquecendo,

vai que eu tenha mil anos e não sei...


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É uma eterna dúvida:

Se realmente existo

ou sou apenas alguém sonhando?...

Também um eterno dilema:

Sou apenas um sonho mal

que incomodou o sono de alguém...

Gostaria apenas 

de poder olhar as nuvens,

todas que houvessem no céu

e escutar todos os passarinhos,

todos o que existem no mundo...


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Casa da minha infância,

nem o Everest tem a tua eternidade,

apesar de não existires mais,

ainda continuas do mesmo jeito  lá.

Cada parede, cada detalhe, cada nuance,

inesquecíveis para todo o sempre,

mesmo que a velha memória falhe...


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Os loucos pegaram as chaves,

abriram as celas, pularam os muros,

finalmente, fugiram...

Correram feito o que são

pelas ruas do pacato bairro.

Chegaram finalmente na praça

(onde havia um grande jardim)

e foram brincar com os meninos,

com as fadas e tudo mais

que imaginário fosse...


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Velha fotografia desbotada

em preto-e-branco

(outras cores não haviam)

te olho fixamente

com a demência dos que partiram

mas ainda não o sabem...

Meu próprio rosto inocente

de uma inocência que saiu por aí

e até hoje não voltou...


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Posso falar de dragões ou pombos

depende de minha vontade, 

construir castelos ou derrubá-los

apenas dando um pequeno sopro...

Posso colocar pureza

onde não existe mais nenhuma,

trazer as antigas cores

das mais desbotadas paredes...

Como? Sofro de uma doença incurável

chamada imaginação...


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