sexta-feira, 25 de fevereiro de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 130

 

Não é o mundo que gira, 

sou eu...

Giro até ficar tonto

e pronto...

A história não se repete,

eu que repito...

Já fui criança

e era bonito...

Foi tempo de alegria,

foi um dia...


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Ando por estradas de dúvida,

onde há muitas emboscadas e armadilhas...

É o encanto que me cega e faz que continue...

O ouro da fantasia me cega,

gosto de sair procurando todos abismos...

É a procura que me engole o tempo...

O tempo tem vários compromissos,

não fica muito tempo em suas visitas...

Um dia ele não estará mais aqui...


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Eu tento ser feliz como as rosas,

na estação das rosas,

mas acabo me enganando

e chego fora do tempo...

As rosas já partiram,

as folhas morreram, 

restaram apenas os espinhos...


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Toda história é mal contada,

sobretudo humanos dramas

Sou testemunha ocular disso

quando não entenderam 

os amores que um dia tive

Não! Não! Não 

era para estar aqui sozinho...


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Sou apenas um grande debochado,

meu ofício é rir perante o espelho,

desconheço se rugas são tristes,

se as marcas de sabonete e creme dental

na superfície do vidro são testemunhas

de dias não felizes que passaram...

Sou apenas um grande debochado,

faço caretas como um débil mental,

sem me preocupar com nada,

se os fracassos se repetirão hoje

ou se algumas notícias amedrontantes

se repetirão na maldita tela...


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Bate na lata a La Ursa

meninos descalços e donos do mundo...

Sua alegria é tão grande

para rirem até da morte...

É carnaval ano todo

e as moedas farão o milagre dos doces...

A La Ursa quer dinheiro,

quem não der é pirangueiro!...


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Sou o que sou...

Um dia morrerei

de falência múltipla dos sonhos...

Nesse dia será inútil

ligar pedindo a ambulância,

os paramédicos perderão 

seu mais precioso tempo...

Mas se quiserem

tirem suas fotos

e postem nas redes sociais...

Pode com certeza

se transformar num viral:

mais um pobre poeta que morreu

de falência múltipla dos sonhos...


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