Lógica trágica
Fábrica mágica
O medíocre protegido é aplaudido de pé
Milagres banais bem de nada é aquilo que é
O paparazzi acabou mostrando a bunda
O talento é apenas um chocolate
Que derrete na boca da noite...
Uniforme desbotado
Alcoolizado embriagado
Todo pecado é quase uma redenção
Marginal vez em quando
Pássaro perdido do bando
Você carrega a razão
De que nunca vali nada mesmo...
Perigo eminente
Frequente indigente
Tenho mais de uma corda para ser enforcado
Língua pra fora fazendo careta
Baba escorrendo do canto da boca
Tragédia nascida dos antigos gregos
E um churrasco grego bem caprichado...
Um copo de suco
O japonês na academia
A verdade mentirosa, mas quem diria?
Do que você está rindo?
Do seu julgamento de Deus
Pra me deixar apenas feito um fodido
Ou até um fodido e meio?...
Um rock tocando
Me animo e eu não sei
Alguns xaxados eletrônicos ainda caem bem
Pelo direito natural de fazer qualquer merda
Em qualquer ocasião e qualquer lugar
Meus pecados são como minhas tatuagens
Nunca neguei minha monstruosidade...
Vento com delícia
Inocente malícia
Total liberdade de nossa linda cela
Vamos aguardar o fim de nossa novela
Com os passos do meu cavalo manco
Numa escuridão que beira ao branco
Eu acabei de chegar faz tanto tempo...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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