sábado, 26 de fevereiro de 2022

In Lógica

 Lógica trágica

Fábrica mágica

O medíocre protegido é aplaudido de pé

Milagres banais bem de nada é aquilo que é

O paparazzi acabou mostrando a bunda

O talento é apenas um chocolate

Que derrete na boca da noite...

Uniforme desbotado

Alcoolizado embriagado

Todo pecado é quase uma redenção

Marginal vez em quando

Pássaro perdido do bando

Você carrega a razão

De que nunca vali nada mesmo...

Perigo eminente

Frequente indigente

Tenho mais de uma corda para ser enforcado

Língua pra fora fazendo careta

Baba escorrendo do canto da boca

Tragédia nascida dos antigos gregos

E um churrasco grego bem caprichado...

Um copo de suco

O japonês na academia

A verdade mentirosa, mas quem diria?

Do que você está rindo?

Do seu julgamento de Deus

Pra me deixar apenas feito um fodido

Ou até um fodido e meio?...

Um rock tocando

Me animo e eu não sei

Alguns xaxados eletrônicos ainda caem bem

Pelo direito natural de fazer qualquer merda

Em qualquer ocasião e qualquer lugar

Meus pecados são como minhas tatuagens

Nunca neguei minha monstruosidade...

Vento com delícia

Inocente malícia

Total liberdade de nossa linda cela

Vamos aguardar o fim de nossa novela

Com os passos do meu cavalo manco

Numa escuridão que beira ao branco

Eu acabei de chegar faz tanto tempo...


(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).

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