Um ar pesado...
Onde andorinhas se escondem
Até de pedras não atiradas...
E os sonhos dormem em cavernas
Para que os soldados
Não possam vê-los...
Calçadas cheias e corações vazios...
De quantos trapos precisaremos
Para não esconder mais nossa nudez?
Os senhores da vida se desentendem
Enquanto a morte bate cartão de ponto...
Uns constroem castelos
enquanto outros os derrubam
O que faço eu?
Em meu canto solitário
Tento balbuciar algumas verdades
Mas a verdade é o mais amargo dos remédios...
Há tantos rumores por aí...
Novos pesadelos serão lançados no mercado
E com grande aceitação do público...
Esqueçam de uma vez o velho
Tantos erros como acertos...
É o novo caos e o quinto naipe...
É a inversão completa
De qualquer esperança
Que um dia existiu...
O veneno já está pronto
Vamos servi-lo no café da manhã...
As ilusões preparadas
Para poder então nos engolir
Da melhor forma possível...
A munição não acabou
Na verdade ela nunca existiu...
Uma nova frenesi
Nos obriga em dançar
Até a mais completa exaustão...
O mascate veio nos vender
A nossa mais falsa redenção...
Um ar pesado...
Onde os pombos comem
As migalhas de nossa tristeza...
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