Minha rua é dessas comuns
onde as guerras são sem soldados
e traumas psicanalíticos
passam desapercebidos
Onde pombos e rolinhas
fazem seus coros silenciosos
donos que são de algum céu
Minha rua dorme e acorda
com o sono comum dos insones
Por ela passam fantasmas
alguns noturnos e outros nem tanto
Meus pés cansados a percorrem
com alguns sonhos fatídicos
num peito quase cansado
Eu que o diga!
Nela está a casa desse fugitivo
que usa uma máscara
não com medo da morte
(isso já perdi lá atrás)
(aliás, estou vivo?)
E os cães vadios
que esperam o Apocalipse
enquanto se lambem
Ah! Também possuem gatos
os mais sensatos dos sábios
que aproveitam ao se deitar
sob o sol o tempo que é fugaz
Essa é a minha rua meu amor
onde não passarás
até que as estrelas morram...
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