Eu reinvento cada passo
para não claudicar mais
Aumento a luz das estrelas
para que a noite seja mais clara
Que todos os abismos
tenham asas para oferecer
Espanto meus fantasmas
que brinquem lá no porão
Acabo com as guerras
num estalar de dedos
Ao invés de ruínas
agora teremos jardins
Eu reinvento cada canção
que a tristeza não me atinja
Se me cansar de dançar
que eu descanse no teu colo
Que meu amor seja um rio
que não deixe de correr
Haverá sempre um mar
de um mais eterno azul
Perdi todo medo que havia
numa dessas antigas bebedeiras
Não conheço o tempo
e o tempo mal me conhece
Olho sempre no espelho e pergunto:
Quem é você, estranho?
Eu reinvento o ar em torno
de todas as coisas e de mim
Faço da ventania montaria
me levando em todos os luares
Brinco com as nuvens
e sei o nome de todas elas
Escrevo em velhos cadernos
histórias passadas tão bonitas
Eu sou aquele profeta
sem nenhuma novidade
Que espera com certa ansiedade
o final de toda esta trama
Eu reinvento cada passo
até não poder mais...
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