Eu vejo barreiras no incompreensível de mim mesmo
talvez como um cínico ou como um tolo
A questão das letras acabam embaralhando
em minha mente mais do que confusa
Confesso que bebi demasiadamente da vida
até que me viesse a vontade de vomitar...
Esqueceram o sol por aqui
e o coloquei no bolso
e distraidamente o roubei...
Todo um silêncio constrangedor
acabou fazendo da minha festa
mais um luxo tão barato...
Caí de cabeça num abismo quase que interminável
e sobreviver agora é como numa tragédia grega
churrasco grego servido em minhas ruas muitas delas
onde perambulava sem destino muito algum
antes que eu aprendesse que as tempestades
acabam se sucedendo por outras bem piores...
Eu não sei falar sem xingar
e mesmo com todo esforço
eu nunca serei um bom menino...
Posso então confessar um amor
mas não estou acostumado com ele
que me parece um bicho estranho...
Vão se formando antigas ruínas em minhas retinas
e todas as minhas divagações acabam na verdade
uma verdade que fere mais que meu demônio familiar
não é mais hora para ter algum lamento tolo
está formado um grande círculo sem feiticeiras
em um novo Sabah que o domingo trouxe...
A ciranda já está formada
mas não aguento tantos giros
e minha cabeça então tonteia...
Já corre alta esse madrugada
e eu agora faço desenhos na fumaça
como se o cigarro fosse um giz...
(Extraído do livro "Insano" de autoria de Carlinhos de Almeida).
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