Simples assim,
Simples sim,
Simples de dar dó,
Não queiramos mais que inocência,
Nem filosofias abstratas ou ciência,
Pois a cabeça dá um nó...
Queremos risos sem ter motivo,
Para estar aqui, estar ao menos vivo,
Nossa roupa está rasgada,
O carnaval acabou, não resta nada,
O amor passou, o amor foi embora,
Toda tristeza também tem sua hora...
Simples assim,
Simples sim,
Simples de até doer,
Não queiramos mais que a ternura,
Não queiramos mais do que a cura,
Do grande enigma de viver...
Queremos nuvens aos montes,
Queremos passar por todas as pontes,
Nossa maior dádiva é a insanidade,
Queremos é fugir desta cidade,
Talvez não possamos mais andar,
Mas ainda podemos voar...
Simples assim...
(Para João Vicente Ramalho, poeta).
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