quarta-feira, 22 de junho de 2022

Alguns Poemetos Sem Nome N° 173


A estrada, a poética,

vento soprando estranhezas,

o que está na superfície,

ou nas profundezas,

nossas convicções,

nossas incertezas...

Todas as veredas

com suas visagens...


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Haviam uns olhos magros, haviam

que não diziam quase nada

(quando diziam...)

uns olhos sem cor, indefinidos,

esquecidos em alguma gaveta,

eram os meus de tanta saudade...


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Muitos ases sem nenhuma manga

E o nada tomando conta de mim

Lembranças fúteis são lembranças

E certas radicalidades não existem

Tudo acaba se transmutando

Até com as palavras isso acontece

Sem aviso algum, sem aviso algum...


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Porque teimei em dançar

Acabei encenando uma farsa

Não arrancou risos da plateia

A tristeza só faz risos de maldade

Porque tentei cantar

Realizei os piores ruídos possíveis

Era melhor ter permanecido

No mais calmo dos silêncios

Me traga sonhos bons poesia

Antes que cheguem os pesadelos


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Postes bêbados, isto sim

Acabo errando as letras

Por dentro da noite sem fim

Claro-escuro e muitos tons

O cinza sempre presente

Mesmo quando não está

Posto bêbado

Canções infinitas de desculpa...

Caí...


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Eu me curvo ante às ilusões

Como quem naufraga num copo d'água

Eu faço festas por motivo algum

E isso apenas por fazer

Perdi todos os meus encantos

Mas ainda continuo vivo...


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Bilhete premiado, sorte grande,

Muitos gritos insanos pelo espaço,

Somos o que somos

E acabamos perdendo tudo,

A rotina nos engole deliciosamente

Como um Tiranossaurus Rex...


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