Assim que meio sujo
Das carpideiras malpagas...
Não há morenas para chorar por mim e nem aviões que desapareçam em fatídicos triângulos, mineiros ou não. Eu desperto aos dias com o meu fraco tem que conto aos poucos...
Um pobre cão uiva
Em quaisquer manhãs
E os bem-te-vis não se importam...
Ninguém sabe como será o gosto do café, podem haver falhas de percurso imprevisíveis. Só ficaremos surpresos se não houverem mais surpresas...
O meu sono me hipnotiza
E tira coelhos da cartola
Que afinal nunca tive...
Para explicar determinadas coisas não precisamos explicar quase nada, bastam alguns gestos. Imagino um outro céu que nem os loucos concebem...
Sua nudez não impressiona
O comum tomou seu lugar
E agora é tarde demais...
Cada dia é um besouro que escapou de minhas mãos, voou pesadamente com suas asas de discreta cor pesada. O segredo do faraó está bem guardado, mas sua alma não...
Meus olhos andam cheios
Não sei se de nada
Ou muitas águas salgadas...
A minha emoção engoliu à si própria, não seria mais motivo de riso algum de malvados. A peça ainda não terminou, mas o homem da cortina tem lá sua pressa...
O carro da propaganda passa
E o cara que fala nele
Parece rezar ou então gemer...
Olho para os meus pés, acabo enxergando velhos estranhos conhecidos. Músicas antigas podem até consolar meu coração, isso se eu ainda tivesse algum...
Eu vejo tortamente o choro
Assim que meio sujo
Das carpideiras malpagas...
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